Poema feito para o concurso de Poesia em Ubá-MG.
Aglomerado disjunto
Rejuvenesce aqui
Uma cidade há fazer 150 anos
Aos habitantes de canto a canto,
Sobrevivemos e nos encantamos.
Nos teus afluentes afagos
Na entrada e na saída
“Cidade Carinho” é o lema na chegada.
Aqui pouco se colhe pra vida,
Nem se planta madeira,
Mas do viver é a essência
Verdadeira... Verdade é!
Plantaram-se manga e café!
Na forja do nosso labor,
Em meios a ruídos em miríades átonos,
Muito pó, muita química em si,
Eis o “suor”,
Que sobre pelos ribeiros,
Que desce sobre as valas, “Beira rios”
Lento, como o sangue pastoso,
Doado do cansaço ensopado insosso.
Junto às bicicletas, ônibus,
Carrões e clarões de pobreza,
Ás dessemelhantes estações,
Enobrece, enlouquece,
Enriquece, empobrece, floresce...
Rejuvenesce? Mas cresce...
O sustento nosso inevitável
Amanhece na consciência
Ecologicamente inviável
Anoitece na existência
Economicamente insustentável.
Eis aqui uma jovem cidade
Rodeada de fortes nuanças
O que faz dela, bela, singela, cidadela,
Harmonizada às várias crenças
“Ubá”, é seu nome a venerar,
E jamais, jamais execrar.
E mesmo nesse universo de
Idiossincrasias e hipocrisias
Quem diria?! Aqui ainda se faz poesias.
Clave de Si.